2014-09-29
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De 8 a 12 de setembro, uma delegação brasileira formada por representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Universidade de Brasília (UnB) e da Agência Estatal de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul (AGDI) visitou empresas e universidades europeias na Escócia (Glasgow) e na Itália (Roma) com atuação no setor espacial, especialmente na produção de pequenos satélites.
A missão foi cofinanciada pelo Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil, coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra). A iniciativa integra o Estudo Sobre a Indústria de Micro e Nano Satélites, ação contemplada pela 7a Convocatória do projeto. O objetivo do estudo é desenvolver e aprofundar o conhecimento sobre as experiências atuais de micro e nanossatélites e as políticas de desenvolvimento para o setor em vigor na União Europeia no contexto do Diálogo Setorial em Cooperação Espacial Civil.
Em Glasgow, o grupo visitou as instalações da ClydeSpace, maior fornecedora mundial de componentes para cubesats (padrão de satélite miniaturizado utilizado para pesquisas espaciais). Os brasileiros também conheceram o Laboratório Avançado Espacial da Strathclyde University e o Nanobed, ambiente de desenvolvimento de CubeSats.
Em Roma, os brasileiros conheceram a Thales Alenia Space (TAS). A empresa europeia do setor aeroespacial tem um importante trabalho de construção do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas do Brasil, contemplando a transferência da tecnologia deste satélite ao Brasil, explica o analista de comércio exterior da Coordenação-Geral das Indústrias Aeroespacial e de Defesa do MDIC, Carlos Leonardo Teófilo Durans.
Ainda em Roma, foram visitadas as instalações da GAUSS Srl, spin-off da tradicional Escola de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Roma. O grupo conheceu atividades e produtos da empresa e participou de um debate sobre a indústria de pequenos satélites. Os brasileiros também visitaram a Universidade de Roma e assistiram a apresentações, demonstrações e discussões relacionadas a pesquisa na área espacial nos laboratórios de Mecânica de Voo, de Navegação e Controle e de Eletrônica.
O objetivo da iniciativa foi prospectar oportunidades para o Brasil e para União Europeia na fabricação de pequenos satélites, em especial micro e nano, que podem se tornar uma alternativa aos satélites tradicionais, tendo em vista seu baixo custo de fabricação e lançamento e a possibilidade de serem lançados em grupo ou junto com satélites maiores.
O estudo sobre a área de pequenos satélites na União Europeia e no Brasil deverá fornecer uma fotografia das empresas europeias e brasileiras que atuam nessa indústria, listar as políticas de incentivo à área e identificar e analisar os sucessos e fracassos até então.
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