2016-05-23
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O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) realizou o “Seminário Internacional sobre Regulação de Redes Inteligentes”, de 18 a 20 de maio, em Brasília, com o objetivo de disseminar experiências europeias bem-sucedidas nessa área e, assim, fornecer subsídios para a normatização do setor no Brasil. O evento foi patrocinado pelo Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, que é coordenado pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra) e pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP).
Na abertura do seminário, o Diretor Nacional do Projeto Diálogos Setoriais, Marcelo Barbosa, destacou que, por meio da troca de conhecimentos entre instituições europeias e brasileiras, a iniciativa contribui efetivamente para o desenvolvimento do País em diversas áreas, como a regulação das redes elétricas inteligentes. “As smart grids são um tendência irreversível. Trata-se da internet das coisas entrando no nosso dia a dia para trazer economia e transparência. E certamente a parceria entre o MCTIC e o Projeto é essencial para o progresso nesse campo”, avaliou.
A Chefe Adjunta da Delbra, Ministra Conselheira Claudia Gintersdorfer, ressaltou que o Brasil foi o primeiro parceiro oficial da União Europeia, por meio de esforços comuns na década de 1960. “Essa parceira ganhou força a partir da 1ª Cúpula Brasil-União Europeia, em 2007, e se consolidou com a criação do Projeto Diálogos Setoriais, em 2008, cuja finalidade é concretizar os entendimentos políticos dos dois Estados”, relatou. Na ocasião, a Ministra Conselheira disse que, mesmo com a crise, a União Europeia aumentou em 30% o investimento em pesquisa tecnológica por se tratar de uma área de extrema importância para o avanço dos países e da sociedade.
Em seu discurso, o Coordenador Geral de Tecnologias Setoriais do MCTIC, Eduardo Soriano, afirmou que a regulação das redes elétricas inteligentes é fundamental para o desenvolvimento tecnológico do setor. “Não é possível investir em tecnologia sem o regramento pertinente. Agora, com a fusão do MCTI com o Ministério das Comunicações, temos as principais áreas necessárias para desenvolver as smart grids”, assegurou Eduardo Soriano.
A cerimônia de abertura do evento também contou com a participação do Diretor do Departamento de Gestão do Setor Elétrico do Ministério de Minas e Energia (MME), Marcos Franco Moreira, e do Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Miguel Nery.
Debate
O seminário reuniu especialistas internacionais e nacionais e representantes de empresas de energia elétrica, do governo, de universidades e de centro de pesquisas para discutir os rumos da regulação das redes inteligentes no Brasil, bem como a política industrial para a implantação e distribuição massiva dessa tecnologia. O debate foi aberto com a apresentação do estudo elaborado pelo consultor Nouredine Hadjsaid, do laboratório G2Elab, de Grenoble, França. O perito mapeou experiências exitosas com smart grids da Itália, França, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido para subsidiar os investimentos brasileiros nesse campo.
Tecnologista em Ciência e Tecnologia do MCTIC, Dante Hollanda explicou que as redes inteligentes utilizam tecnologias de informática nos sistemas de energia elétrica para melhorar a eficiência do consumo, da transmissão e da distribuição de energia para a população. “O foco principal das smart grids é o consumidor, que poderá gerir melhor o seu consumo e reduzir os gastos com energia. Além disso, as distribuidoras serão capazes de reduzir o desperdício durante a transmissão entre as geradoras e os pontos de consumo. Hoje, alguns estados desperdiçam até 40% da energia produzida em decorrência de perda técnica, furto e erro de medição. Com as smart grids, a gestão será melhorada e os gastos reduzidos”, garantiu.
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