2017-11-02
Ana Neves
Sua trajetória profissional é vasta. Foi Senior Consultant na consultoria inglesa Knowledge Network Manager no Ministério da Saúde britânico e Cultural Change Manager em um banco inglês. Em 2011, aceitou o desafio de coordenar o grupo permanente de trabalho Web 2.0 da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação (APDSI) e já colaborou com o Governo do Estado de São Paulo.
Segundo ela, a transformação digital permite a redução de despesas e, quando bem-feita, comunicada e dinamizada, permite acionar a própria sociedade civil na identificação e implementação de soluções para os desafios nacionais.
Confira aqui, em um breve bate-papo, o que Ana pensa a respeito da Semana de Inovação em Gestão Pública.
Diálogos Setoriais: Qual é a importância da realização de um seminário como o da 3ª Semana de Inovação, a troca de experiências etc?
Ana Neves: A troca de experiências, direta, desintermediada, é sempre uma mais valia. A Semana de Inovação tem o dom de reunir num mesmo espaço profissionais do setor público de várias instituições, de vários níveis de governo, e várias geografias. Todos aprendem cada vez que alguém compartilha uma experiência e narra o caminho percorrido, com obstáculos e ventos a favor.
Mas mais do que essa troca de experiências, há a troca de contatos. Existe a constatação de que há pessoas como nós que fazem coisas fantásticas, e que podemos falar com elas, ali mesmo.
Diálogos Setoriais: Qual é a importância da transformação digital para as nações?
Ana Neves: A sociedade está tornando-se digitalizada. Se por nações entendermos os Governos, é essencial que estes se digitalizem também sob pena de alienarem todos aqueles que devem servir: os cidadãos. Os cidadãos exigem melhores canais de comunicação digitais, exigem serviços mais rápidos, exigem mais transparência, exigem mais responsabilização. A digitalização não resolve mas acelera e facilita tudo isto.
Para além disso, a transformação digital permite a redução de despesas e, quando bem-feita, comunicada e dinamizada, permite acionar a própria sociedade civil na identificação e implementação de soluções para os desafios nacionais.
Diálogos Setoriais: Quais são os desafios que o Brasil tem à frente - e há diferença com os que a Europa já enfrentou ou deverá enfrentar?
Ana Neves: Há desafios que são comuns em todo o mundo, mas considero que o Brasil tenha alguns outros desafios mais específicos, que dificultam ou, pelo menos, desaceleram o progresso. Aqueles que considero mais relevantes no momento são: o grande desequilíbrio social (em termos de riqueza e de conhecimento, por exemplo), que condiciona comportamentos e prioridades; e a instabilidade política que dispersa atenções e recursos, mistura prioridades e diminui a confiança entre cidadãos e Governo.
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