2015-12-22
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Como parte da ação Diálogo Setorial em Regulação de Redes Elétricas Inteligentes, patrocinada pelo Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a parceria da Eletrobrás e do Cigré-Brasil, realizou, de 9 a 11 deste mês, no Rio de Janeiro, o “Workshop Internacional sobre Regulamentação para Smart Grids”. O evento, cujo objetivo foi discutir questões relativas à regulamentação das Redes Elétricas Inteligentes (REI) no Brasil e no exterior, abordou questões como Cidades Inteligentes, Regulação, Tecnologias e Financiamento.
Renomados especialistas nacionais e internacionais participaram do workshop: Francesco Rizzo, do CESI, Itália; François Lhomme, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), França; Wenyuan Ma, da State Grid, China; professora Zita Vale, do Instituto Politécnico do Porto (IPP), Portugal; Jonathan Dunn, do Consulado Britânico no Rio de Janeiro, Reino Unido; Cláudio Lima, da AGX Energia, Estados Unidos; Carlos Frees, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); e André Pepitone, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Um dos pontos debatidos no evento foi a finalidade principal das Cidades Inteligentes, cujos sistemas são vivos, dinâmicos e interconectados: o bem estar do ser humano. “Os palestrantes sugeriram a adoção de ações de infraestrutura que envolvam um modelo integrado de energia, mobilidade, edificações e domicílios, água e serviços públicos, bem como o esclarecimento à população sobre os benefícios a serem auferidos com a implementação das REI no País”, ressaltou Dante Luiz Da Ros Hollanda, Tecnologista em Ciência e Tecnologia do MCTI e integrante da ação Diálogo Setorial em Regulação de Redes Elétricas Inteligentes.
Assuntos relativos à Regulação também foram discutidos. Os especialistas concordaram que existe pouco avanço no que diz respeito ao usufruto da sociedade perante os benefícios das REI no Brasil. “O argumento de que o aumento da tarifa inviabilizaria a implantação das REI é um contrassenso, visto que elas possuem o potencial de utilização mais eficiente entre as redes de transmissão e de distribuição existentes, bem como a incorporação de energias renováveis em larga escala e, consequentemente, atenuação do aumento da tarifa”, ponderou Dante Hollanda.
Com relação às tecnologias, as instituições Treetech, CESI, Siemens, CISCO, Cepel, CPqD e Eletrobras indicaram que o modelo de regulação do setor elétrico brasileiro, com mais de 20 anos, necessita de melhorias, haja vista o avanço das tecnologias constatado nesse período. Nesse contexto, a Resolução Normativa 687/2015 da Aneel sinaliza novos incentivos em REI, principalmente em relação à Geração Distribuída. Além disso, foi evidenciada a relevância do perfil do consumidor para a implementação das tecnologias relativas às REI a fim de obter resultados eficientes.
No painel de Financiamento, destacou-se que as linhas de financiamento deveriam ser mais bem exploradas pelas empresas de distribuição de energia e melhor informadas aos consumidores. “Acredita-se que o Governo deve ampliar o uso de incentivos fiscais para pesquisa em inovação e desenvolvimento das REI”, avaliou Dante Hollanda.
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