2020-03-13
“Estamos enfrentando uma série de desafios como o crescimento urbano insustentável e problemas de saúde humano relacionados à degradação ambiental. Atualmente mais de 70% da população europeia vive em cidades, com a probabilidade de essa porcentagem passar dos 80%. Há um entendimento crescente que a natureza pode ajudar a fornecer soluções viáveis que podem ter benefícios sociais, ambientais e econômicos”, afirmou o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, na abertura do III Seminário Internacional sobre Soluções Baseadas na Natureza, cujo tema é “O Desafio da Água e as Cidades”, no dia 10 de março, em Brasília.
Durante dois dias de evento, que contou com uma série de painéis e oficinas, discutiu-se uma série de temáticas como “Estratégias de gestão de recursos hídricos na transição para cidades sustentáveis” e “Desafios e oportunidades para a universalização do saneamento no Brasil”.
O diretor do Programa para o Meio Ambiente da ONU, Asher Lessels, enfatizou a importância do evento: “Este seminário parte do pressuposto de que o cenário nacional pode fazer uma diferença na biodiversidade mundial”, disse.
O seminário teve o apoio dos Diálogos União Europeia – Brasil, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Agência Nacional de Águas (ANA), os Ministérios do Desenvolvimento Regional, da Economia e das Relações Exteriores, entre outras instituições do governo brasileiro.
“É uma preocupação que não é só de governo, mas também do setor privado. Se a gente pensar em futuro, é uma preocupação cada vez maior para o mercado nacional e internacional estar olhando para as empresas que têm esta preocupação com a sustentabilidade”, disse Regina Silvério, diretora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Diversas iniciativas sobre o tema estão em curso, no âmbito do governo federal, com o apoio da Comissão Europeia, por meio dos Diálogos. O Brasil se junta a esse movimento pesquisando e investindo em inovação para as cidades, por meio das chamadas soluções baseadas na natureza.
Visita técnica
Como parte das atividades do seminário, foi realizada uma visita técnica o Lixão da Estrutural, que já foi considerado o 2º maior aterro sanitário do mundo, ocupando uma área de 200 hectares dentro da capital do Brasil e próximo ao Parque Nacional de Brasília.
Técnicos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e especialistas europeus passaram a manhã do dia 12 de março no lixão, onde se estima que cerca de 40 milhões de toneladas de resíduos foram acumuladas ao longo de 40 anos de existência, até ser fechado em janeiro de 2018.
Fazer a remediação dessa área é um grande desafio para a gestão pública. O projeto CITinova, do MCTIC, tem como objetivo diagnosticar os níveis atuais de contaminação do local, bem como testar três iniciativas, uma das quais é SBN, para subsidiar as estratégias de remediação da área.
Com informações da ASCOM do MCTIC
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