2014-11-17
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No dia 7 de novembro, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e o Joint Research Centre (JRC) promoveram, em Brasília, o seminário Diálogos Setoriais em Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Durante o evento, foi apresentado um estudo que relata a situação atual da ACV de produtos e serviços no Brasil e na Europa, com um levantamento de técnicas e métodos de desenvolvimento, armazenamento e disseminação de inventários, além da identificação de entraves e soluções para a integração nacional e internacional de dados. A apresentação do estudo foi feita pelos peritos Edivan Cherubini, brasileiro, e Paulo Trigo Ribeiro, português.
“Com esse diagnóstico, temos condição de identificar o que é preciso ser feito pelo Brasil. Dessa forma, podemos realmente implantar no país a metodologia de ACV”, salientou o perito brasileiro Cherubini. Já o perito Paulo Trigo Ribeiro destacou que o projeto é importante por enriquecer o trabalho tanto no Brasil quanto na UE. “Desta troca de experiências podem ser identificadas linhas de ação que atendam às necessidades da Europa e do Brasil no sentido de fomentar, fortalecer e reforçar o desenvolvimento da tecnologia da ACV, seja na sua aplicação na indústria, nas empresas ou no próprio governo”, avaliou.
Coordenada no Brasil pelo IBICT, a ACV é uma metodologia de análise do impacto ambiental de bens e serviços que auxilia na elaboração de políticas públicas que visem a produção e o consumo sustentável. O IBICT vem de um ciclo de oito anos de trabalho na elaboração de ações e políticas públicas que visem a produção e o consumo sustentáveis.
O seminário teve a participação de representante do JRC, Marco Recchione , parceiro europeu da ação, além de representante da Delegação da União Europeia no Brasil, Michel Mouchiroud. Do Brasil, estiveram presentes representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV) e da empresa petroquímica Brasken.
O representante do JRC, Marco Recchione, ressaltou que a cooperação entre a União Europeia e o Brasil é crucial. “Principalmente pelo fato de a indústria brasileira ser uma das fornecedoras de matéria-prima das companhias europeias, além de desenvolver projetos em conjunto, o que é de suma importância para ambas as partes”, disse.
A coordenadora do programa ACV do IBICT, Celina Rosa Lamb, relatou que, durante o seminário, foi ratificado o formato para o banco de dados de ACV brasileiro, que é o ILCD – Rede Internacional de Ciclo de Vida, coordenado pela JRC; e que também se decidiu que o Brasil prosseguirá com esse trabalho. “Firmamos uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), instituição que coordena o programa internacional das Nações Unidas. Temos um projeto em andamento para elaboração de inventários brasileiros. O IBICT, com todas essas ações, conseguiu o reconhecimento internacional pela iniciativa de ciclo de vida”, observou Celina.
A iniciativa foi financiada pelo Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil, coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra). Esta ação da 7a convocatória contemplou ainda uma missão de representantes brasileiros do IBICT a instituições europeias que lidam com o tema.
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