2018-10-31
A encarregada de Negócios a.i. da União Europeia, Claudia Gintersdorfer, classificou a parceria entre o Brasil e o bloco europeu como estratégica para ambas as partes, durante a abertura do Seminário em Indústria Avançada no Brasil, realizado nesta terça-feira (30), com apoio da Iniciativa de Apoio aos Diálogos Setoriais UE – Brasil, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo ela, desde 2007, já foram investidos mais de 50 milhões de euros em projetos conjuntos de pesquisa e inovação, que envolveram mais de 200 organizações do Brasil e da UE. As principais áreas de cooperação são comunicações, saúde e energia. O foco, agora, é ampliar essa parceria para iniciativas de manufatura avançada.
“A transformação digital em conceitos como indústria 4.0 e manufatura avançada são muito mais que uma mutação tecnológica. A Quarta Revolução Industrial tem um profundo impacto no cotidiano de empresas e cidadãos. Por essa razão, é essencial desenvolver políticas públicas para que essa transformação se possa traduzir em uma melhoria da competitividade das empresas, na criação de empregos e em geral nas perspectivas de desenvolvimento social e econômico das nações. E esperamos prosperar nessa área junto com o Brasil”, afirmou.
Durante o evento, foram apresentadas as experiências europeias em indústria avançada. Além disso, o MCTIC lançou, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), uma ferramenta que vai prover um levantamento dos projetos de manufatura avançada já em atividade no país. As informações coletadas pela Plataforma de Mapeamento de Iniciativas Brasileiras vão subsidiar as ações de implementação do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para Manufatura Avançada (ProFuturo).
“Queremos mapear as iniciativas já existentes no país, ver o que existe, analisar o que está sendo feito, identificar os gaps (falhas) e colocar atenção neles para colocar o ProFuturo em prática. Além disso, aquilo que já está sendo conduzido, temos que fomentar para que continue na boa condução”, explicou o gerente-executivo de Tecnologia e Inovação do Senai, Marcelo Prim.
O ProFuturo se orienta pelo cruzamento de duas dimensões: a temática, que aborda prioridades em tecnologias e recursos humanos, cadeias produtivas, infraestrutura e regulação; e a estrutural, que relaciona esses cinco tópicos ao papel desempenhado pela tripla hélice da inovação, formada por governo, academia e empresas. Para o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o uso intensivo de ciência, tecnologia e inovação é fundamental para garantir a inserção de empresas nacionais no ecossistema da indústria 4.0.
“A integração de tecnologias digitais no processo de produção muda completamente o paradigma dos processos industriais do nosso tempo. O ProFuturo tem o objetivo de acelerar essa transformação e, com a plataforma, teremos condições ainda melhores para esse movimento”, destacou.
*Com informações e fotos da ASCOM do MCTIC
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