O tema Economia Criativa vem ganhando, nas últimas décadas, espaço nas discussões de órgãos e comunidades internacionais, sendo considerado estratégico para o crescimento e o desenvolvimento econômico e social de países desenvolvidos e em desenvolvimento, seja por meio da geração de trabalho, emprego e renda ou da promoção da inclusão social, da diversidade cultural e do desenvolvimento humano. A Economia Criativa compreende os ciclos de criação, produção, distribuição/difusão e consumo/fruição de bens e serviços produzidos pelos chamados setores criativos, que são aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de valor simbólico e que resulta em produção de riqueza cultural.
Apesar de ser reconhecido pela diversidade cultural e potencial criativo, o Brasil carece de políticas públicas de fomento nesse campo. Hoje, o grande desafio que se coloca à Secretaria da Economia Criativa (SEC), do Ministério da Cultura, é a criação de políticas públicas que se concretizem em ações estruturantes e de desenvolvimento por meio do fomento a redes e arranjos produtivos, geradores de trabalho, emprego e renda e de inclusão produtiva, sem prejuízo da diversidade cultural. Nesse sentido, é importante a realização de diálogos acerca dessa temática com a União Europeia para identificar possibilidades de cooperação e intercâmbio.
O Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia Brasil apoia a realização, em julho de 2012, da conferência Diálogos entre Brasil e União Europeia sobre Economia Criativa, que abordará os seguintes eixos: pesquisas e mapeamento; formação para competências criativas; alternativas de fomento; tecnologias sociais e modelos de gestão; territórios/clusters criativos; e marcos regulatórios. Entre os principais resultados esperados com a ação estão estreitar as relações entre instituições públicas e privadas brasileiras e europeias; aprofundar o debate acerca da elaboração e implementação de políticas públicas de Economia Criativa para o desenvolvimento local e regional; e assinar acordos de cooperação técnica com base nos eixos temáticos da conferência.
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